quinta-feira, 3 de julho de 2014

Privado da Liberdade




 Privado da Liberdade

‘O personagem de minha poesia
Está em uma cela,
Sentindo frio e gemendo
Como uma manivela;

Vendo capatazes,
Cruéis e nocivos.
Preferia que fossem invisíveis

Pensa em vingança
Dentro de uma cela,
Olhando de fora
Parece novela.

Olha para o chão    
E vê números,
E conta os dias
Que sairá do túmulo.

Vira para o lado
E só vê escuridão,
Sujo e com ratos
Parece um porão’.

                    Rafael Oliveira 02/08/04

Intensidade temporária





 Intensidade temporária


       Foste lindos dias
       Que passamos nós dois.
       Vivemos sós o presente
        Sem pensar no depois;

       Foram momentos intensos,
       Que nunca se apagará.
       Chegaram às saudades
       Que o tempo consolará;

       Beijos ardentes,
       Que não vou me esquecer...
       Todos foram dados,
       Com o mais puro prazer;

       Palavras lindas,
       Ainda vagam no ar...
       Ainda sinto seu cheiro,
       Como as águas do mar;

       A dor que sinto,
       Não é de te deixar.
       É ver você ir embora,
       Sem saber se volto a te encontrar.

      
       É ver você ir...
       E não acompanhar
       É ver você partir
       Sabendo que vou chorar.


                               Rafael Oliveira 07/04/06

Bate Coração




                                         Bate Coração
  
    No aguçar da solidão
       A lua caminha triste.
       No mormaço do verão
       O tempo não para e
       A saudade é que insiste!

       Bate, bate coração,
       Nunca pare de bater!
       Bate sempre na direção,
       Que se encontra você!

       Nas paisagens do sertão,
       O mandacaru é que resiste.
       Nas batidas do meu coração,
       Apazigua as saudades...
       Teu nome é que incide!
      
       Bate, bate coração,
       Nunca pare de bater!
       Bate sempre na direção,
       Que se encontra você!

       Os problemas vão chegando
       Só para nos afastar.
       Mas diz um belo poema:
     
     “As ondas beijando a areia
       E a lua beijando o mar!”



                                 Rafael Oliveira 10/06/06